sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

e depois? (seu jorge)

é dia de te ver, que sorte grande, sim senhor...
é mamão no mel, algodão doce azul
e é bom, acende uma alegria tipo curumim
por causa do que vibra dentro de você
você não tem idéia como sou feliz
às cinco eu passo aí para um sorvete
levo o disco do Bob que você me pediu
e aí... a gente vai passear
e aí... a gente vai namorar
e depois...
e depois...
e depois...

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

domingo, 24 de fevereiro de 2008

uma lágrima solitária saindo de um olhar triste numa noite qualquer...


sabe quando dá uma vontade danada de sair voando por aí?
de quebrar toda e qualquer barreira: emocional, física, de grana...
de fazer aquilo que bem entender da sua vida, sem a menor preocupação com nada...
de viver o resto dela tocando, escrevendo, sentindo, fazendo um som!!!
sabe quando dá aquela vontade de fazer aquilo pra que você nasceu?
subir num placo, emocionar pessoas, cantar, cantar e cantar...
mais uma vez tô com essa sensação aqui por perto...
aliás, ela nunca saiu do "aqui por perto..." não saiu de dentro de onde vem o mais puro da minha personalidade, meu caráter: lá do fundo do meu cofre carnudo - coração!
tô meio com o saco cheio de cruzar por pessoas "esquisistas" pela vida...
será que não tem muita gente por aí vivendo com o coração? com a alma? com o mais puro do ser??
às vezes a gente até acredita que encontrou alguém assim: uma lágrima solitária saindo de um olhar triste pode confundir uma ânima desavisada!!!
cuidado, gente... uma lágrima solitária saindo de um olhar triste numa noite qualquer pode esconder alguém que não é bem aquele alguém que tá querendo mostrar aquela lágrima...
não tô falando que essa lágrima não seja verdadeira...
de jeito nenhum... muito pelo contrário!
nessas horas dá vontade de fugir pra dentro de um mundo onde só exista música, música e mais música!!!
a sensação mais nobre vem daí... da música...
que também derruba uma lágrima... ou várias... de emoção! do mais puro do ser!
e talvez aí esteja a grande questão:
ser ou ter!
uma coisa não elimina a outra, de maneira nenhuma...
mas acho: tal "ser" vem na frente do "ter"...
todos nós somos "nowhere men"(com "e" mesmo, tá no plural)...
tá... é um monte de idéias desconexas e jogadas...
complicado de ler, de entender...
complicado...

aliás, é assim: somos complicados!
e não é difícil de perceber isso em ninguém...

somos um bando de loucos tentando entender tudo em pouco tempo... tentando se fazer entender num tempo mais curto ainda...
é por isso que dá choque...
que dá silêncio...
que dá tesão!
que dá uma uma lágrima solitária saindo de um olhar triste numa noite qualquer...


cativante,
(e o melhor é que isso dá música!)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

(por Flávio Gomes)




SÃO PAULO (pontos de vista) - Fidel Castro renunciou hoje à Presidência de Cuba e ao comando das Forças Armadas do país. A data, 19 de fevereiro de 2008, entrará para os livros de História como o dia da queda do Muro de Berlim e da dissolução da URSS.
É a História sendo escrita diante de nossos olhos.
Mas esta noite, no Brasil, o assunto será o paredão do BBB.
Essa é uma das diferenças básicas entre as sociedades cubana e brasileira. Nós vemos Cuba sob o olhar de décadas de propaganda americana sobre a ilha. Analisamos o regime sob a ótica da frivolidade, fazendo gracejos sobre os carros velhos, a quantidade de canais de TV, a falta de celulares. E depois, num segundo momento, tentamos politizar a questão cubana com o argumento único de que "se fosse bom não proibiriam ninguém de sair" e coisas do tipo.Tese superficial como um espinho.
Com nossa visão americanizada de mundo, não conseguimos compreender e nem aceitar uma sociedade em que a prioridade não é comprar carro bonito, ou o último Motorola, ou o apartamento na Riviera. Viver é ter. Qualquer coisa que não seja parecida com isso é não-viver.Esse é o maior engano que se comete quando se fala de Cuba: não entender que existe gente no mundo que não liga para essas coisas. Cuba vive sob o mesmo regime há meio século. 90% de sua população de 11,2 milhões de habitantes (dado de 2002) — menor que a da cidade de São Paulo — tem até 64 anos. Ou seja: praticamente todos nasceram depois que Fidel derrubou a putaria de Fulgêncio Batista.
Viver, para essa gente, é uma experiência muito diferente da nossa. Batalha-se pelo supérfluo, com a certeza de que o básico está garantido: educação, saúde, emprego (antes de seguir, leia este belo resumo sobre Cuba, com dados muito relevantes; preste especial atenção no quadro que fala sobre a política dos EUA em relação ao país).
Em tudo que realmente importa, Cuba é melhor que a maior parte do planeta. Mortalidade infantil, analfabetismo, miséria, falta de moradia e desemprego não fazem parte da rotina do cubano. Que pode não ter uma vida de luxos e regalias, pode não ter TV de LCD ou um Corolla na garagem, mas olhe para o seu próprio umbigo: quem aqui tem?
Dispa-se de seus pequenos desejos de consumo e responda, com sinceridade: se você fosse sua empregada, morando nos confins da periferia, ganhando 500 reais por mês, com filhos na escola pública, assassinatos no boteco ao lado, camelando quatro horas por dia dentro de um ônibus, tendo de pegar fila no centro de saúde, não acharia um país como Cuba uma maravilha? A imensa maioria dos brasileiros, imensa mesmo, vive muito pior que o pior dos cubanos. Você pode até viver melhor. Eu vivo. Mas a imensa maioria, imensa mesmo, vive muito pior.
Aqui temos democracia, TV a cabo, loja da Maserati, calças Diesel, celular 3G. Podemos ir a Miami sem correr o risco de morrer afogado numa balsa feita em casa. Mas quantos de nós, brasileiros, vivemos integralmente essa liberdade? Quantos de nós podemos passar diante de uma vitrine, desejar algo e comprar? Quantos de nós podem sonhar com algo muito diferente da balsa que embala os sonhos dos dissidentes? Nossa liberdade é bem relativa. É condicionada ao que se tem. E, para quem não tem nada, muito mais cruel do que as restrições ao ir e vir a que os cubanos são submetidos. Eles, pelo menos, sabem as regras do jogo, e as regras lá são feitas para a maioria. Sua realidade é a da ilha, e é nela que vivem. Com ambições e pretensões bem diferentes daquelas que nos alimentam, nós aqui do lado bonito e feérico do mundo. E, afinal, quem somos nós para hierarquizar ambições? Quem é você para achar que seu desejo de ter uma Hilux é mais defensável do que o desejo de um cubano de ter uma geladeira melhor? Quem é você para afirmar que o american way of life adotado e defendido pelo mundo ocidental — esse estilo de vida que permite e aceita a degradação do ser humano miserável, que estimula a competição e que fecha os olhos para a violência diária contra os que não deram a sorte de ter o que você tem — é mais humano que a simple life de um povo como o cubano?
Na verdade, quem somos nós para falar de Cuba? Quem somos nós para troçar de Fidel? Quem somos nós para caçoar dos prédios decrépitos de Havana? Que país nossos pais nos deixaram, e que país estamos deixando para nossos filhos? Podemos nos orgulhar de alguma coisa? Podemos nos orgulhar de ter construído, com nossos meios e nossas mãos, uma nação onde as pessoas têm as mesmas chances, onde todos têm direito a uma escola, a um médico, a um trabalho?
Cuba pode.
Nós fracassamos, eles venceram.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

o que foi feito de tudo? (minas)


O que foi feito, amigo, de tudo que a gente sonhou
O que foi feito da vida, o que foi feito do amor
Quisera encontrar aquele verso menino
Que escrevi há tantos anos atrás

Falo assim com saudade, falo assim por saber
Se muito vale o já feito, mas vale o que será
Mas vale o que será
E o que foi feito é preciso
conhecer para melhor prosseguir

Falo assim sem tristeza, falo por acreditar
Que é cobrando o que fomos
que nós iremos crescer
Nós iremos crescer,
outros outubros virão
Outras manhãs, plenas de sol e de luz

Alertem todos alarmas que o homem que eu era voltou
A tribo toda reunida, ração dividida ao sol
E nossa Vera Cruz,
quando o descanso era luta pelo pão
E aventura sem par

Quando o cansaço era rio e rio qualquer dava pé
E a cabeça rolava num gira-girar de amor
E até mesmo a fé não era cega nem nada
Era só nuvem no céu e raiz

Hoje essa vida só cabe na palma da minha paixão
Devera nunca se acabe, abelha fazendo o seu mel
No pranto que criei, nem vá dormir como pedra e esquecer
O que foi feito de nós

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

louca vida


será que tudo isso não vai acabar nunca?
será que dia depois de dia o sentimento vai ser esse?
será?
será que no futuro vou olhar pra lua cheia e sorrir?
será que daqui um tempo vou conseguir paz e alegria?
será?
será que essa dor que maltrata não vai parar de arranhar meu coração?
será que um dia quando o telefone chamar vou ouvir um simples: "alô"?
será?
será que de tudo que fiz nada foi acertado?
será que de tudo que vivi era só pra ter sonhado?
será?
será que um dia quando chegar no meu lugar vou poder brincar à vontade?
será que nunca vou dissociar a figura dos dois figuras que tenho aqui?
será?
será que um dia aquele riso gostoso e gaiato vai voltar pro meu ouvido?
será que um dia aquele abraço vai existir de novo?
será?
será que anos e mais anos de amizade construída tijolo por tijolo não valem nada?
será que esses tijolos eram ocos?
será?
será que as flores do jardim vão voltar a florir de verdade?
será que um dia os cães vão matar a saudade?
será?
será que num dia importante da minha vida vou poder contar com suas preces?
será que um dia voltarei a ficar totalmente e extasiadamente feliz?
tomara que sim...
gosto muito da vida pra passar por ela com tanto espinho...
gosto muito das amizades pra perdê-las assim no meio do caminho...
gosto muito de estar por perto...
mas já nem sei mais onde está esse "perto"...
tomara que ainda esteja por perto...
tá sendo insuportável levar a vida desse jeito...

sábado, 16 de fevereiro de 2008

...

Toda vez que penso em você
Eu sinto passar por mim
Um raio de tristeza
Não é um problema meu
Mas é é um problema que eu achei
Vivendo esta vida que não posso deixar para trás
Não faz sentido em me dizer
Que a sabedoria de um tolo não vai te libertar
Mas é assim que as coisas são
E é o que ninguém sabe
E a cada dia que passa minha confusão cresce
Toda vez que te vejo caindo
Eu fico de joelhos e rezo
Estou esperando pelo momento final
Quando você dirá as palavras que não posso dizer
Eu me sinto muito bem
Eu me sinto como nunca deveria me sentir
E quando eu fico assim
Eu simplesmente não sei o que dizer
Porque não podemos ser nós mesmos
Da mesma forma que fomos no passado
Eu não tenho certeza do que isso significa
Eu não acho que você é o que parece
E na verdade admito para mim mesmo
Que se eu machucar outra pessoa
Eu jamais verei
O que na verdade deveríamos ter sido
Toda vez que te vejo caindo
Eu fico de joelhos e rezo
Estou esperando pelo momento final
Quando você dirá as palavras que não posso dizer
Toda vez que te vejo caindo
Eu fico de joelhos e rezo
Estou esperando pelo momento final
Quando você dirá as palavras que não posso dizer

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

"vamo" aí?


se não se tem com o que contar...
tem que contar com o que se têm...


pega e põe na roda o que tiver...
moleque trocando figura...
toma lá, dá cá pra ver qual é...
a força da nossa mistura...

boca de balão beijando o céu
seus astronautas na terra
mutirão de cola e de papel...
e a nossa vida no ar...
voar um pouco faz bem...
pra alimentar o vício de acreditar...


se não se tem com o que contar...
tem que contar com o que se têm...

mete a mão na corda e finca o pé...
e ajuda a arrastar essa rede...
mano a mano, força, fome e fé...
e o brilho de prata dos peixes...

gente se juntando é bom de ver...
cada pessoa é uma estrela...
quando se constela um bem querer...
velas se abrem pro mar...
meu coração vai e vem...
pra resgatar o gosto de acreditar!!!!


se não se tem com o que contar...
tem que contar com o que se têm...

050208


terça-feira de carnaval...
um novo começo...
um recomeço!
essa data tá marcada como especial...
o sorriso voltou!
a vontade também...
e a alegria então, nem se fala!
na verdade, resumindo tudo: tô de volta!
depois de tantas voltas do mundo em torno de si mesmo e do sol, só posso dizer que tô de volta!
o sorriso tá igual ao que era antes...(largo e sincero!)
o coração batendo forte, cantante, cantador, emocionado...
a sensação de estar traquilo tá por aqui também...
que venha a vida...
com tudo que ela tiver de emoção...
com tudo que ela tiver...
chá, cachaça, whisky ou café!
eu nunca vou me abandonar...
é isso...
nunca vou me abandonar...
sei o que tenho e o que eu não tenho aqui comigo...
sei o que quero pra mim...
sei também o que não quero mais!
que venha a vida...
com suas oportunidades, possibilidades...
paixões, abraços, ilusões...
assim é a vida!!!!
sempre recomeça de algum ponto...
e sempre se renova,
e renova a gente também...
por isso digo: tô de volta!!!
e dessa vez pra ficar...
não vou mais deixar que eu vá embora...
vou viver pra mim...
vou crescer pra mim...
vou amar por mim...
porque a vida é muito curta pra ficar de calundu...
e depois pode ficar tarde demais...
portanto...
sem perder tempo...
terra à vista...
chão...
caminho...
estrada...
onde ela vai me levar não sei...
mas deve ser prum lugar bom!

pode crer!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

simplesmente (minas)


Sentar na varanda da casa
A lua dentro dos olhos
Deixar as coisas do mundo
me encantar...

A noite, a chuva, o vento
A noite, a chuva, o vento
Sentir o cheiro da terra, respirar

O amor que eu tenho é suave
Me acalma e me ilumina
Como essas noites que eu vivo
Ao lado de minha menina
Simplesmente,
Eu gosto das coisas como elas são
Sem segredo, mistério
Falsidade, Ambição...

Sentar na varanda da casa
A lua dentro dos olhos
Deixar as coisas do mundo
me encontrar...

sábado, 2 de fevereiro de 2008

o meu tempo...


quem diria...
o tempo realmente é senhor de tudo...
e por que não dizer de todos?
é extremamente difícil, pra não dizer impossível, alguém ou alguma coisa dar uma finta no tempo....
lembro bem da noção de tempo durante toda a minha vida, ou melhor, durante fases específicas dela...
quando a gente era criança o dia parecia ter mais do que 24 horas...
de sol...
era sol direto...
noite só um pouquinho... que já era hora de dormir e acordar pra mais 24 horas de sol, muito sol, brincadeiras, alegrias... festas, cão: infância...
mas aí chegou a escola,
e o tempo começava a tomar outra dimensão,
outro rumo...
às vezes, sumia: dava de ombros pra momentos importantes...
quanto tempo não demorou o primeiro beijo? (um infinito, talvez....)
quanto tempo não ficou com a espinha gelada pela primeira das muitas paixões?

quanto tempo...
quanto tempo pra passar a primeira das intensas tristezas? (outro infinito, infelizmente...)
...
medir é impossível... mesmo porque o sol - um momento ou outro da vida - começa a diminuir e a escuridão da noite a aumentar...
poucas brincadeiras, um pouco menos de alegrias...
mas muitas e quase incessantes noites acordado...
pensando... sonhando acordado...
acordando de sonhos....
cantando...
sorrindo...
olhando...

(já faz tempo)!

...quem diria,
o tempo realmente é senhor de tudo...
é fato inconteste...
não dá nem pra abrir argumentação...
e assim vai o tempo e a vida da gente...
lado a lado...
pé por pé...
sorriso por sorriso...
troca de olhares por troca de olhares...
e assim vai a vida da gente e o tempo...
passando...
horas...
minutos...
segundos...
...
..
.
(nossas vidas são pedaços de tempo e nós...
nada valem sem os sonhos, paixões e nós!)