quinta-feira, 9 de julho de 2009

ronaldo, o nietzsche da bola


ronaldo.
atacante.
duas copas do mundo.
três vezes melhor do mundo.
quinze gols em copas do mundo: o maior artilheiro dos mundiais em todos os tempos.
não é novidade pra ninguém que sou corintiano. daqueles... chatos.
não é novidade pra ninguém que ronaldo é um dos caras que reverencio no mundo dos gênios do futebol... e isso já faz tempo...
agora imagina na cabeça e principalmente no coração de um corintiano o que é ter o cara que ele acha um dos maiores jogando com a 9 do seu time!
desde ele foi anunciado como jogador do corinthians (e isso foi furo mundial da band, através de informação do neto) vivo numa espécie de expectativa...
lembro bem de quando uma bolota saltou do joelho direito dele na primeira das voltas por cima... tava vendo o jogo...
lembro melhor ainda de ver ele subir pra tentar cabecear uma bola e cair com a mão no joelho e com cara de muita dor... tava vendo o jogo...
nunca duvidei da capacidade do eterno retorno de ronaldo.
mas até quando ele foi apresentado na fazendinha duvidava que o cara iria jogar no meu time.
pra mim uma tentativa absolutamente interessante: o maior jogador de futebol dos últimos 20 anos - pelo menos - jogando no maior time de massa do brasil: o corinthians.
mas aí os trombetas soraram - como sempre - e uma horda de companheiros da imprensa esportiva sentou o pau na história... a velha mania do pré-julgamento.
será que eles - os trombetas - não se lembravam do que ele já tinha feito?
ou será que só porque ele resolveu sentar acampamento no brasil pensaram que ele não conseguiria de novo?
parecia que 2002 havia ressucitado no final de 2008: "ele acabou!", "ele vai só fazer exibição!", "ele tá bichado!", !ele tá gordo!"
blá, blá, blá...
mas o tempo tratou de provar a todos que ronaldo é o nietzsche, o ouroboros da bola: a teoria do eterno retorno fica comprovada nas pernas do atacante.
se alguém tinha dúvida por conta da idade, por conta da barriga, por conta dos joelhos, pode esquecer. as dúvidas nesse momento já não existem mais...(eu nunca as tive)
ronaldo voltou..
outra vez...
marcou...
outras vezes
foi decisivo...
como sempre..
em pouco mais de oito meses jogando num time brasileiro ganhou dois títulos.
não só por isso, mas por tudo o que ele fez... e o que ele ainda deve fazer - se nada sair dos trilhos - considero ronaldo um mito.
e ele deve ser encarado assim ainda em vida... por todos!
numa lista imaginária - aquela que cada um tem a sua - ronaldo é o segundo jogador mais genial do futebol brasileiro. só perde pro pelé. (não se assustem: não coloco garrincha em lista nenhuma deste planeta, porque afinal Ele não era daqui.)
pode ser um exagero...
muita gente pode contestar essa opinião...
mas a minha opinião é realmente essa: do tamanho do pelé dentro do futebol brasileiro - poderia dizer até do mundo, mas ainda não é hora - só mesmo ronaldo.
e é mesmo uma emoção diferente ver ronaldo jogando por aqui ainda mais no corinthians!




2 comentários:

Li disse...

Quando vi o título assutei e imaginei que leria mais um texto daqueles que vemos todos os dias após uma excelente partida do Ronaldinho. Mas no decorrer da leitura vi que era mais, mais que uma babação. Era um depoimento emocionado de um fã do futebol contente por poder pesenciar isso de perto. Como fã do bom futebol te entendo e tbcompartilho da sua emoção. Não sou corinthiana, mas tê-lo no Brasil dando a volta por cima é realmente emocionante. Parabéns pelo relato!

Wilson Junior disse...

Dudu.... excelente o texto, com emoção e sinceridade. Também acho o cara um gênio, quase do tamanho que você falou aí... ele é maior que tudo e não estou falando da barriga.

Dá pra perceber que ele passa pelos outro jogadores e todo mundo olha diferente, como se ele fosse de outro planeta. O que esse cara representa é imensurável. É Ronaldo. Deve ser fascinante mesmo para um torcedor corinthiano.

E fazer os gols que ele faz com todo aquele peso, me faz lembrar de quando eu era moleque e jogava com uns tiãozãos bons de bola. Quem sabe, nunca esquece. A diferença é que ele faz tudo isso entre profissionais.

É, sem dúvida, o maior que eu já vi jogar, desde que eu nasci. Aliás, acho que pode ser dele a culpa de eu gostar tanto de fut internacional. A camisa 9 do Barça foi a primeira que eu tive de um clube não brasileiro.